A história da
EMBRAER

A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. constitui um dos resultados mais expressivos de um projeto estratégico de longo prazo, levado a cabo pelo Governo Brasileiro, cuja origem remonta à década de 1940.

À época, o Governo Brasileiro tomou a acertada decisão de desenvolver a capacitação aeronáutica do País, principiando pela implantação de uma escola de engenharia aeronáutica de alto nível, capaz de formar sucessivas gerações de técnicos qualificados, a serem alocados a programas de desenvolvimento e pesquisa.

Dessa forma, começou a ser organizado em 1946, na cidade de São José dos Campos, SP, o Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), hoje denominado Centro Técnico Aeroespacial, que, a partir de 1950, passou a abrigar o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Em 1953, dando continuidade ao projeto, foi criado o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD).

Vários programas experimentais de desenvolvimento de aeronaves tem lugar no CTA a partir da década de 1950, entre eles o Convertiplano e o helicóptero Beija-Flor. Em junho de 1965, o ministro da Aeronáutica assina documento autorizando o desenvolvimento e a construção do bimotor Bandeirante, projeto a ser liderado pelo Major Ozires Silva. Decorrido 3 anos de trabalho, 110 mil horas de projeto e envolvimento de cerca de 300 pessoas, em 22 de outubro de 1968 o Bandeirante realiza seu primeiro vôo, a partir da pista de pouso do CTA, ainda não pavimentada.

Menos de um ano após esse grande feito, o então presidente da República, Arthur da Costa e Silva, assina, em 19 de agosto de 1969, o decreto N° 770, para a criação de uma empresa que tem como um de seus primeiros desafios a fabricação seriada do Bandeirante. Está criada a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.

A Embraer inicia suas atividades em 2 de janeiro de 1970, tendo o cel. Ozires Silva como Diretor Superintendente. O Bandeirante é inteiramente reprojetado, tendo em vista sua fabricação seriada, e dele são produzidos inicialmente três unidades protótipos antes do início de sua produção em 1971. O primeiro desses protótipos, com registro da Força Aérea Brasileira (FAB) de n° 2130, encontra-se hoje em exposição permanente no Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro.

A Empresa nesse período ampliou sua carteira de produtos, incorporando a fabricação do planador EMB-400 Urupema, do avião agrícola EMB-200 Ipanema (ambos projetados pelo CTA) e do EMB-326 Xavante, fabricado sob licença a partir de projeto da empresa italiana Aermacchi. Também na mesma década inicia a fabricação de monomotores e bimotores sob a licença da empresa norte-americana Piper, como o Sertanejo e o Seneca. Em 1976 voou o EMB-121 Xingu, primeira aeronave pressurizada projetada pela Embraer.

O Bandeirante, designado como modelo EMB-110 pela Embraer, recebeu sua primeira homologação em dezembro de 1972 pelo CTA. Em 1973, a Embraer fez a sua primeira exportação, constituída por aeronaves Bandeirantes e Ipanema, para o Uruguia. Em 1977 o Bandeirante foi homologado na França e, em 1978, nos Estados Unidos e no Reino Unido, dando início a exportações para linhas aéreas de vários países.

O EMB-312 Tucano começa a ser projetado em 1978, para atender à necessidade de uma eronave de treinamento básica de nova geração para a FAB. Em 1979 é criada, em Fort Lauderdale, Estados Unidos, a primeira unidade da Embraer no exterior, denominada Embraer Aircraft Corporation (EAC).

Em agosto de 1980 é apresentado publicamente o EMB-312 Tucano. No mesmo ano a Embraer assume o controle acinonário da indústria Aeronáutica Neiva, em Botucatu, para onde, mais trade, são transferidas a engenharia e a linha de produção do Ipanema e dos aviões leves.

É também em 1980 que começa o desenvolvimento do EMB-120 Brasilia, aeronave turboélice pressurizada de alto desempenho, para 30 passageiros. Em 1985 a aeronave entra em operação nas cores da empresa norte-americana Atlantic Southeast Airlines (ASA). Ao longo de 15 anos são entregues mais de 350 unidades desta aeronave, para 14 países.

EMB-120

O AMX começa a nascer em 1981, por meio de acordo de desenvolvimento e fabricação firmado entre a Embraer e duas empresas italianas - Aeritalia (hoje Alenia) e Aermacchi. Em 1985 é apresentado oficialmente pela Embraer.

Em 1983 e 1984, respectivamente, a Embraer estabelece sua primeira unidade na Europa, a Embraer Aviation International (EAI), em Paris, e cria a Divisão de Equipamentos (EDE), dedicada ao desenvolvimento e fabricação de trens de pouso e equipamentos mecânicos e hidráulicos finos.

Em parceria com a empresa argentina Fabrica Militar de Aviones (FMA) começa, em 1988, o projeto do turboélice avançado para 19 passageiros CBA 123 Vector, aeronave que teve seu programa descontinuado e nunca chegou a entrar em produção.

Em 1989 tem início o projeto EMB 145, jato regional para transporte de 50 passageiros e que no futuro passaria a ser denominado como ERJ 145.

A Embraer mergulha em profunda crise financeira a partir de 1990, passando por prolongado período de dificuldades que levaram à sua privatização, em dezembro de 1994.

Após o estabelecimento, em 1993, de importantes acordos internacionais de parceria de risco para o seu desenvolvimento, a aeronave ERJ 145 efetua seu primeiro vôo em agosto de 1995 e tem suas primeiras entregas, para a empresa Continental Express, em dezembro de 1996. A partir daí o ERJ 145 se torna sucesso de vendas em todo o mundo, sendo que em março de 2005 foi entregue a aeronave de número de série 900. Em 1998 a Embraer apresenta publicamente o ERJ 135 (37 passageiros).

EMB 135
EMB 145

Em 1995, a FAB contrata a Embraer para desenvolvimento da versão armada do EMB-314 Super Tucano, designada como ALX, e que voou pela primeira vez em maio de 1999. Em 1997, a FAB contrata o desenvolvimento de aeronaves que integrarão o SIVAM (Programa de Vigilância da Amaônia): começam os projetos das aeronaves EMB 145 AEW&C e EMB 145 RS/AGS.

EMB 145 AEW&C
EMB 145 RS/AGS
P-99

A família EMBRAER 170/190 é lançada em junho de 1999, contando como parceiros industriais empresas de renome mundial. No mesmo ano a Embraer estabelece parceria estratégica com as empresas aeroespaciais francesas Aerospatiale Matra, Dassault, Thales e Snecma, que passam a integrar a estrutura societária da Embraer, com 20% do seu capital volante.

ERJ 170
ERJ 190

Em 1999 é criada a ELEB - Embraer Liebherr Equipamentos dos Brasil, uma "joint venture" com o grupo suíço Liebherr Aerospace, controlada pela Embraer.

Em 2000 e 2001, a Embraer lança o ERJ 140 (44 passageiros) e o ERJ 145 XR, versão de longo alcance do ERJ 145. A partir da plataforma do ERJ 135, também em 2000 a Embraer passa a participar do mercado de Aviação Corporativa, com o lançamento do Legacy Executive.

Legacy

O Centro de Realidade Virtual (CRV) é implantado em 2000 com o objetivo de reduzir o tempo de projeto e desenvolvimento e customizar as aeronaves. No campo da responsabilidade social é inaugurado em 2002 o Colégio Eng. Juarez Wanderley de ensino médio e que abriga 600 alunos egressos de escolas públicas, fornecendo-lhes gratuitamente ensino em classes de nove horas diárias, alimentação, uniforme, transporte e assistência ,médica.

A FAB recebe as primeiras aeronaves destinadas ao programa SIVAM em 2002 e, em 2003, recebe a primeira unidade do Super Tucano/ALX. Em 2004 a Embraer vence - integrando time de empresas liderado pela Loockheed Martin - concorrência para fornecimento da plataforma ERJ 145 para o sistema ACS do Exército e Marinha dos EUA para vigilância dos campos de batalha.

Super Tucano ALX

Em 2003 é apresentado avião ERJ 145 produzido na primeira unidade industrial da Embraer fora do Brasil, a Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), na China.

Em paralelo, o Programa EMBRAER 170/190 segue em forte ritmo. Menos de cinco anos após o seu lançamento, o EMBRAER 170 entra em operação na Europa e nos Estados Unidos. O primeiro vôo do EMBRAER 175 acontece em junho de 2003 e do EMBRAER 190 em março de 2004.

ERJ 175
ERJ 195

Em marco de 2005 a Neiva entrega a aeronave Ipanema de número 1000, versão equipada com ar condicionado na cabine e motor movido à álcool etílico, certificado em 2004.

Nos últimos anos a Embraer estabeleceu novas unidades e escritórios: Pequim-China (2000), Cingapura (2000), Eugênio de Melo-SP (2001), Gavião Peixoto-SP (2002), Nashville-EUA (2002), Jacksonville-EUA (2004) e a aquisição da OGMA baseada em Portugal (2005).




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